'Godard in America': Documentário conta a história da produção de 'Até a Vitória', filme de Godard e Gorin sobre a luta do povo Palestino que ficou inacabado!

'Godard in America': Documentário conta a história da produção de 'Até a Vitória', filme de Godard e Gorin sobre a luta do povo Palestino que ficou inacabado! - Marcos Doniseti!

'Até a Vitória' (1970): Filme de Godard e Gorin, que apoiavam a luta do povo Palestino, que ficou inacabado devido a um acontecimento trágico que se desenvolveu na Jordânia, em Setembro de 1970, e que inviabilizou a finalização da obra.

O Contexto Histórico!

Este é um documentário que foi realizado por Ralph Thanhauser e mostra a viagem realizada por Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin, na primavera de 1970, pelos EUA, quando eles fizeram inúmeras palestras remuneradas em universidades dos EUA.

O objetivo dessa viagem de Godard e Gorin era arrecadar dinheiro para viabilizar a produção do filme "Até a Vitória: Métodos de Trabalho e de Pensamento na Revolução Palestina", mais conhecido pelo título 'Até a Vitória' ('Till Victory' em inglês e 'Jusqu'à la Victoire' em francês).

'Até a Vitória' deveria ter sido um filme de apoio à causa do povo Palestino, que teve suas terras invadidas e ocupadas por judeus sionistas originários da Europa depois que o Império Britânico decidiu, sem consultar os Árabes Palestinos, criar um 'Lar Nacional Judaico' na região. 

Essa decisão do Império Britânico foi tomada em Novembro de 1917 (na época da Primeira Guerra Mundial), por meio da chamada 'Declaração Balfour'. Ela tem esse nome porque foi escrita e assinada por Arthur James Balfour, o secretário britânico de Assuntos Estrangeiros.

Esse é um claro projeto de colonização europeu que se desenvolveu na Palestina, que era habitada pelos Árabes há vários milênios, e que também foi financiado por grandes financistas do Velho Mundo, como os Rothschild, que também são de origem judaica.

Esse projeto colonizador resultou na criação do Estado de Israel, em 1948, e teve como consequência a expulsão de mais de 700 mil Palestinos de sua terra natal, na qual viviam há muitos séculos. Essa expulsão se deu por meio de guerra e de atos terroristas que foram cometidos pelos judeus sionistas europeus.

Esse acontecimento é central na história do povo Palestino, que tem origem Árabe (e, portanto, é um povo Semita, tal como os Hebreus), sendo chamado por seus membros de Nakba, palavra árabe que significa 'Catástrofe' ou 'Desastre'.

Mapa que mostra a evolução do que aconteceu com a ocupação e divisão de terras na Palestina. A parte amarela é ocupada pelos Árabes Palestinos (que são semitas) e a parte verde é a ocupada pelos Judeus (que também são semitas). Esse mapa que explica porque os Palestinos lutam contra as forças militares e o governo do Estado de Israel, que foi criado por colonizadores europeus, membros do movimento Sionista (criado na Europa Central no final do século XIX). A cada década diminuiu o território no qual os Palestinos vivem, pois suas terras foram e continuam sendo roubadas pelos colonizadores sionistas.

Obs1: Antes que apareça alguém dizendo que aqueles que defendem a causa do povo Palestino seriam 'antissemitas' (como falam do Roger Waters, por exemplo), aqui vai uma informação: Semitas são povos que se originaram no chamado, pelos ocidentais, Oriente Médio, incluindo a Mesopotâmia e a Península Arábica. Entre os povos de origem Semita, nós temos os Assírios, Babilônios, Caldeus, Fenícios, Hebreus e os ÁRABES. 

Os Palestinos são Árabes e, portanto, eles também são um povo Semita.

Esse processo deu origem a um dos mais longos conflitos da história, que já dura mais de 100 anos, sendo que o mesmo está muito longe de terminar, tal como ficou claro nestes últimos dias, quando eles voltaram a se tornar bastante violentos, depois que o Hamas tomou a iniciativa de iniciar uma nova insurreição contra a ocupação dos territórios árabes ocupados, ilegalmente, pelo Estado de Israel.

A ocupação destes territórios (Colinas de Golã, Faixa de Gaza e Cisjordânia) é ilegal, pois a resolução 242 da ONU, aprovada em Novembro de 1967, logo após a vitória israelense na Guerra dos Seis Dias (Junho de 1967) determinou que estes territórios deveriam ser desocupados pelo Estado de Israel.

Portanto, tais territórios deveriam ter sido devolvidos aos seus habitantes e proprietários originais: os Palestinos (Faixa de Gaza e Cisjordânia), a Síria (Colinas de Golã). No caso do Egito, a Península do Sinai foi devolvida depois que Egito e Israel assinaram os chamados 'Acordos de Camp David', em 1978-1979. 

Porém, o Estado de Israel, que foi criado por sionistas não religiosos de origem europeia, recusa-se, até os dias atuais, a cumprir tal resolução e, ainda, promoveu uma grande expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, o que viola as leis internacionais.

O povo Palestino não desiste de lutar por sua libertação e pela recuperação das suas terras.

Devido ao apoio total dos EUA e da União Europeia, o Estado de Israel possui, na prática, autonomia para fazer o que quiser na Palestina.

O Estado de Israel promove assassinatos diários a sangue frio de jovens palestinos, bombardeia igrejas, escolas e hospitais (em um deles, o hospital anglicano Al Ahli, morreram mais de 500 pessoas) , expandindo assentamentos ilegais em territórios árabes ocupados ilegalmente (segundo a resolução 242 da ONU), invadindo residências dos Palestinos.

O Estado de Israel também impede que Palestinos da Faixa de Gaza possam se deslocar livremente até a Cisjordânia (e vice-versa). Aliás, a Faixa de Gaza, onde vivem 2,5 milhões de Palestinos e que tem apenas 300 quilômetros quadrados, é um gigantesco campo de prisioneiros a céu aberto e cuja população vive em condições absurdamente desumanas. 

Um exemplo disso é que, segundo a ONU, os moradores da Faixa de Gaza estão vivendo com apenas com 3 litros de água diários, sendo que isso representa apenas 6% da quantidade necessária, pois o Estado de Israel cortou o fornecimento de água, alimentos e de eletricidade da região. Aliás, o Estado de Israel chegou a despejar cimento em uma fonte de água que abastece os Palestinos (ver vídeo mais abaixo).

Muito antes dessa operação militar de grande alcance que as Forças Armadas de Israel estão promovendo na Faixa de Gaza, que já mataram mais de 4 mil palestinos, nós já tínhamos notícias diárias de palestinos, principalmente jovens, sendo assassinados pelos militares israelenses.

Tudo isso caracteriza um regime de Apartheid que vigora na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, que são territórios que deveriam sediar um Estado Palestino independente, o que foi previsto já em 1948, e cuja criação é vetada e impedida pelo Estado de Israel.

Este regime de Apartheid que vigora na Faixa de Gaza e na Cisjordânia foi reconhecido publicamente por um ex-chefe do Mossad (serviço de Inteligência do Estado de Israel), Tamir Pardo, que declarou o seguinte nesta semana: "Há um Estado de apartheid aqui. Em um território onde duas pessoas são julgadas sob dois sistemas jurídicos, isso é um Estado de apartheid" (ver link depois do texto).

A produção de 'Godard in America'!

Gorin, Godard e os entrevistadores durante a realização de 'Godard in America'. Aliás, o título está errado, pois Godard viajou junto com Gorin, com os dois fazendo palestras e concedendo entrevistas nos EUA.

Como já afirmei, o filme foi resultado de uma viagem realizada por Godard e Gorin aos EUA, em 1970, com o objetivo de arrecadar dinheiro para viabilizar a produção do filme 'Até a Vitória', de apoio à luta do povo Palestino.

Para isso, Godard e Gorin fazem uma série de palestras remuneradas em universidades do país, durante as quais eles também exibem o filme 'British Sounds' (nos EUA ele foi exibido com o título 'See You at Mao').

'British Sounds' foi realizado por Godard, Jean-Henri Roger e Daniel Cohn-Bendit na Grã-Bretanha, em Março de 1969, contando ainda com a colaboração de um casal de trotskistas britânicos (Mo Teitelbaum e seu marido, Irving Teitelbaum).

O filme foi produzido pela 'Kestrel Productions', que pertencia a um grupo de cineastas de Esquerda britânicos e deveria ter sido exibido por um canal de TV privado chamado 'London Weekend Television'.

Jean-Pierre Gorin, um intelectual e militante maoísta, exerceu uma influência significativa sobre Godard a partir de 1967, quando se conheceram, na época das filmagens de 'A Chinesa'. Eles conversaram muito, trocando muitas ideias sobre Arte, Cinema e Política. Desta maneira, Gorin foi fundamental para que Godard pudesse se reinventar e, assim, tivesse condições de dar um novo rumo para a sua trajetória de cineasta.

No período que vai de 1968 até 1972, Godard e Gorin trabalharam juntos no 'Grupo Dziga Vertov', que foi criado por ambos, com o objetivo de realizar filmes comprometidos com um processo de transformação revolucionária da sociedade e da realidade mundial.

Eles procuravam conectar as lutas políticas que se desenvolviam nos países industrializados (EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália) com as dos povos do então chamado Terceiro Mundo. 

Assim, Godard e Gorin fizeram filmes condenando a Guerra do Vietnã, atacando o Racismo, defendendo o Feminismo e, é claro, apoiando e promovendo as lutas pela Libertação Nacional dos povos do Vietnã, Cuba, Laos, dos Palestinos.

Logo, o objetivo do GDV era produzir filmes de conteúdo político e revolucionário, o que estava em voga naquela época, mas que também fossem feitos de forma revolucionária, o que já não era tão comum, embora outros coletivos de cineastas tivessem sido criados naquele momento histórico. 

Inicialmente, Thanhauser mostra cenas de uma viagem de carro, mostrando os EUA como sendo uma civilização baseada no automóvel e, logo, inteiramente dependente do petróleo, sendo que as maiores reservas do produto no mundo estão no Oriente Médio, onde se localizam a Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes, Bahrein, Omã e Qatar.

Blu-ray com alguns dos filmes feitos por Godard, com e sem Gorin, durante o período em que ele fez parte do Grupo Dziga Vertov. Os filmes que eles fizeram juntos e que estão no Blu-ray são 3: 'Vent D'Est', 'Lotte in Italia' e 'Vladimir et Rosa'.

Posteriormente, o diretor mostra uma entrevista realizada por Godard e Gorin com o crítico de cinema Andrew Sarris e com Molly Haskell, outra crítica de cinema. Andrew Sarris e Molly Haskell estavam entre os principais críticos de cinema dos EUA e foram casados entre 1969 e 2012, quando Sarris faleceu. 

Nesta conversa, Godard e Gorin respondem às perguntas e comentários de Sarris e Haskell. E fica claro um certo desencanto e tristeza de Sarris, que sempre foi um admirador e defensor da obra de Godard, pelo fato de que o cineasta havia mudado radicalmente a sua forma de pensar sobre cinema e de fazer filmes. 

Sarris chega a perguntar, para Godard, se existia uma linha de continuidade entre 'Acossado' e os seus filmes mais recentes, de caráter revolucionário e ideológico. Em sua resposta, Godard deixa claro que ocorreu uma ruptura entre esses dois momentos de sua trajetória (a fase Nouvelle Vague e a fase do Grupo Dziva Vertov).

E um dos melhores momentos ocorre quando Godard faz um comentário que ficou famoso, no qual diz que ele rompeu com a família dele, que era de origem burguesa (principalmente por parte da família materna, pois o avô materno de Godard foi o fundador do Banco Paribas). 

E daí Godard diz que, após romper com a sua família burguesa, ele entrou para a indústria do cinema e, anos depois, descobriu que esta era uma família burguesa maior. Esse comentário foi resultado de uma pergunta feita por Andrew Sarris sobre se roqueiros famosos poderiam se tornar revolucionários.

Neste momento, que gerou várias risadas, Godard deve estar se referindo aos inúmeros conflitos que teve com produtores que exigiam que ele fizesse filmes comerciais, como foram os casos de Joseph Levine e Carlo Ponti, produtores de 'Le Mépris' (1963), e de Iain Quarrier e Michael Pearson, produtores de 'One Plus One/Sympathy for the Devil' (1968). 

Gorin e Godard sendo entrevistados por Andrew Sarris e Molly Haskell. As perguntas eram todas feitas para Godard, enquanto que Gorin era ignorado pelos entrevistadores.

E Godard completa dizendo que sentiu esse contexto burguês da indústria do cinema, mais do que descobriu, falando ainda que era preciso analisar e estudar essa indústria para conseguir fugir da mesma e, assim, poder combatê-la, criando áreas liberadas do domínio dessa indústria.

Assim, Godard se enxergava como um cineasta que estava, tal como se fosse um guerrilheiro vietnamita (ou cubano, argelino, palestino), lutando para liberar territórios que estavam sob controle das forças imperialistas na área do cinema. E finaliza dizendo que estava fazendo isso há apenas 2 ou 3 anos, ou seja, desde quando começou a trabalhar com Gorin.

Godard também foi questionado por Sarris a respeito de como um cineasta poderia, também, ser um revolucionário. Godard responde afirmando que isso seria possível trabalhando para a Revolução na condição de cineasta, reproduzindo uma ideologia. 

Depois dessa conversa inicial, o documentário vai alternar momentos em que Godard e Gorin estarão falando para os estudantes universitários e outros momentos em que eles explicam, para um grupo de jovens, de que maneira irão filmar 'Até a Vitória'. 

Godard reflete sobre as perguntas e comentários que foram feitos na entrevista com Andrew Sarris e Molly Haskell. O cineasta mudou radicalmente a sua maneira de pensar, de fazer filmes e de se relacionar com os outros a partir do Maio de 1968 francês, o que é confirmado por todos que o conheciam.

Nas palestras feitas nas universidades, sempre com um grande número de estudantes atentos ao que era falado por Godard e Gorin, os dois explicavam para o público qual era a natureza dos seus filmes, dizendo que enquanto os filmes de Hollywood davam prioridade para a imagem, eles decidiram priorizar o trabalho com o som dos filmes. 

Durante a sua turnê pelos campi universitários, Godard e Gorin exibiram o filme 'British Sounds' (1969; nos EUA ele foi lançado com o título 'See You at Mao'), que foi filmado na Grã-Bretanha, em Junho de 1969, e que contou com a participação de Jean-Henri Roger e Daniel Cohn-Bendit, que fizeram o filme junto com Godard, embora este fosse, na prática, o comandante.

Para filmar 'Até a Vitória', Godard desenhou um elaborado e detalhado storyboard e foi por meio do mesmo que ele e Gorin vão falando sobre a maneira como o filme será realizado e, também, porque o mesmo será feito daquela maneira.

Nestes momentos, Godard e Gorin mostram quais são as origens do conflito que se desenvolve entre o Estado (sionista) de Israel e os Palestinos.

A crítica de cinema Molly Haskell, pessoa não identificada e Andrew Sarris, também crítico de cinema, na entrevista com Godard e Gorin.

Desta maneira, Godard e Gorin citam a 'Declaração Balfour', a ida de milhares de judeus sionistas europeus para a Palestina, os conflitos sangrentos que ocorreram entre eles a partir deste momento e que continuaram durante todo o século, chegando até 1970, e que ainda estão, tragicamente, se desenvolvendo.

Godard e Gorin também mostram que as lutas do povo Palestino fazem parte de um contexto mais amplo e que as mesmas estão relacionadas com as lutas de outros povos mundo afora, como os do Vietnã, Laos e Cuba, integrando um conjunto de lutas de caráter anti-imperialista em escala global. 

Eles também explicam quais são as diferenças entre as lutas que se desenvolvem na França, um país capitalista industrializado e rico, e aquelas que ocorrem nos países do então chamado Terceiro Mundo, que ainda lutavam por sua libertação nacional (caso de Vietnã, Laos, Camboja, Cuba).

Assim, eles mostram que, nas lutas que ocorrem nos países do Terceiro Mundo, o uso da estratégia da luta armada torna-se praticamente inevitável, devido ao fato de que tais países e povos ainda estão lutando pela sua libertação nacional, e que muitas vezes isso se combinava com a luta pelo Socialismo, tal como ocorreu na China, Cuba e na Indochina (Vietnã, Laos, Camboja).

No documentário, Godard mostra, de forma detalhada, de que maneira os Palestinos se organizam e se mobilizam, deixando claro que essa luta começa com a realização de um trabalho político de base. Isso é o que ele e Gorin iriam mostrar caso o filme sobre a luta palestina tivesse sido finalizado.

Godard desenhou um storyboard para fazer o 'Até a Vitória', mostrando de que maneira ele seria filmado. No período do Grupo Dziga Vertov (1968--1972) Godard passou a fazer filmes de maneira coletiva, abandonando a ideia de 'Cinema de Autor', e filmou com Jean-Pierre Gorin, Jean-Henri Roger e Daniel Cohn-Bendit, entre outros.

Assim, fica claro, que é por meio desse trabalho político que o povo Palestino é educado para que possa levar adiante a sua luta, chegando à criação de um Exército Popular, que lutará para conseguir a recuperação dos territórios perdidos para o Estado de Israel. 

E Godard mostra, durante essas lutas e combates, que os Palestinos irão alternando vitórias e derrotas, mas que elas nunca terminam, fato este que os acontecimentos recentes deixaram bem claro.  

"Até a Vitória" ficou inacabado devido ao fato de que terminou o dinheiro para a produção do filme, apesar de que Godard e Gorin conseguiram uma pequena ajuda da Liga Árabe, no valor de US$ 06 mil. Daí, Godard e Gorin voltaram para a França, com o objetivo de fazer um filme (que foi 'Vladimir e Rosa') para conseguir mais dinheiro e poder finalizar 'Até a Vitória'. 

Mas, em setembro de 1970, o governo da Jordânia, que até aquele momento apoiava a luta dos Palestinos, promoveu um massacre contra os mesmos, sendo que quase todas as filmagens foram realizadas neste país. E daí quase todas as pessoas que foram filmadas por Godard e Gorin acabaram assassinadas nos meses seguintes, inviabilizando a continuidade do filme. 

Quando retornaram para a França e tentaram fazer uma montagem do material filmado (eles tinham mais de 10 horas filmadas), Godard e Gorin descobriam que a tradução do que os guerrilheiros Palestinos falaram era incompleta.

Godard e Gorin somente descobriram isso porque contrataram um tradutor que trabalhava para a ONU para saber o que os guerrilheiros estavam falando exatamente.

Em 1976, Godard e Anne-Marie Miéville dirigiram 'Ici et ailleurs' ('Aqui e em Qualquer Lugar'), filme no qual se mostra uma visão crítica sobre a participação de Godard e de Gorin na luta palestina e sobre o trabalho que fizeram na época do Grupo Dziga Vertov.

No filme, Godard e Gorin explicam as causas históricas dos conflitos entre Israel e os Palestinos, citando a 'Declaração Balfour', elaborada pelo Império britânico, de novembro de 1917, e os conflitos que se desenvolveram na região desde então.

Informações Adicionais!

Título: Godard in America;

Diretor: Ralph Thanhauser;

Roteiro: Ralph Thanhauser;

Gênero: Documentário;

Duração: 43 minutos;

Montagem: Ralph Thanhauser e Mike Dannenberg;  

Fotografia: Ralph Thanhauser, Jim Lemkin e Ron Mangravite;

Elenco: Jean-Luc Godard; Jean-Pierre Gorin; Andrew Sarris; Molly Haskell. 

Godard e Gorin em uma das palestras feitas em Universidades dos EUA, durante os meses de Abril e Maio de 1970, nas quais eles explicavam os conceitos e as ideias presentes em seus filmes. Além das palestras, eles também exibiam o filme 'British Sounds', filmado por Godard na Grã-Bretanha em Março de 1969. O filme contou com a participação de Jean-Henri Roger e Daniel Cohn-Bendit, mas quem comandou tudo foi Godard.

Links:

Filme na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=ebwjBrxXQf4

Resolução 242 da ONU:

https://relacoesexteriores.com.br/resolucao-242-conflito-arabe-israelense/

'Nós Choramos pelos Palestinos' - Entrevista com o Rabbi Yesroel Dovid Weiss:

https://www.youtube.com/watch?v=U2H-F0HVKDY

Povos semitas - Origens:

https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/antisemitismo.htm

Acordos de Camp David:

https://relacoesexteriores.com.br/acordos-camp-david-17-setembro-1978/

Israel jogando cimento em fonte de água que abastece os Palestinos:

O que foi a Nakba (Catástrofe):

https://www.brasildefato.com.br/2023/05/15/o-que-foi-a-nakba-palestina-e-por-que-ela-e-importante

Bombardeio do hospital Al Ahli matou mais de 500 pessoas: 

https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-hamas/83360/equivale-a-um-genocidio-ataque-de-israel-a-hospital-mata-mais-de-500-pessoas

https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-hamas/83401/quem-disparou-contra-o-hospital-em-gaza-veja-as-inconsistencias-nas-acusacoes-de-israel

Ex-chefe do Mossad reconhece que Israel criou regime de Apartheid nos territórios árabes ocupados:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/israel-pratica-apartheid-contra-palestinos-na-cisjordania-diz-ex-chefe-do-mossad/

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